Então lá subimos, saímos do elevador e ao abrir a porta deparámo-nos com um cenário tal de malas umas em cima das outras e um barulho vindo da cozinha. Intrigados fomos ver quem e que estava na cozinha, pois a luz estava ligada. Quando chegamos a cozinha, estava o nosso irmão, o João candoso, que chegara nessa mesma manha de Portugal, depois de ter ido visitar os nossos pais e os nossos avos. Sem qualquer hipótese de comer uma oreo até ao fim, a CêCê saltou logo para cima dele gritando.
Cece: JOOOOAAAAAOOOOOOO !
João: CECE ! – disse gaguejando por causa da meia oreo atracada na garganta e de tantos beijos e abraços que a Cêcê lhe dava.
Cece: tinha tantas saudades do maninho preferido !
Eu: hahamm ? – tossi ironicamente.
Cece: pronto ! meu segundo irmão favorito.
Eu: assim esta melhor. – sorri.
João: então Rodrigo ? num das um abraço aqui ao teu maninho ?
Eu: claro que dou ! – acabando de dizer isto abraço-o dizendo – ainda bem que já voltaste.
João: então por aqui anda tudo bem ?– disse num tom de curiosidade
Cece. Sim.
Eu: e então esta tudo bem por lá ? os pais estão bem ?
João: sim esta tudo bem por lá inclusivamente os pais, mas eles ficaram um bocado tristes por vocês num tirem vindo comigo visita-los porque eles tinham muitas saudades nossas.
Cece: pois. Se num tivéssemos uma vida social tão preenchida. – riu-se
João: e ? eu também tenho , mas porem fui ver os pais.
Eu: pois. Mas tu já sabes como é que é aqui a nossa maninha. – ri-me mandando-lhe um pequeno empurrão.
Cece: tasse. Vamos mazé mudar de assunto. – disse um pouco zangada.
João: ok. Então há novidades.
Cece: o Rodrigo conheceu a raparigas dos sonhos dele, literalmente.
Eu: num sabes estar calada? – disse em voz alta tapando-lhe a boca.
João: conta lá isso melhor.
Cece: sabes a rapariga com quem ele andava a sonhar ?
João: sim porque ?
Cece: essa rapariga era a rapariga que ele conheceu na festa no sábado.
João: GOZAS ! – disse em estado de choque.
Cece: é verdade.
João: parabéns ! e namoras com ela certo ?
Eu: Obrigada. É claro que não.
João: fogo. Já num estou a perceber nada. Conta lá isso melhor – disse confuso.
Depois de martirizar o João com informações, ele ficou com fome e foi acabar de comer as suas oreos.
Depois do jantar mandei uma SMS a Rita.
SMS : - olá ritinha. Queres ir sair daqui a pouco ? beijos
Um pouco depois recebi outra SMS dela : pode ser. Quando estiveres pronto toca aqui em minha casa e vamos. J
Então sai do sofá devagar sem os meus irmãos darem conta e meti me no meu quarto. Para aquela saída vesti as minhas calças cinza escuras com o meu colete preto umas sapatilhas-bota da adidas cinzentas e a minha camisola com um decote V grande amarela. Quando estava a por perfume, entra a minha irmã muito curiosa em saber onde e que ia.
Cece: onde vais assim tão bem vestido ruru (apelido que a Cêcê que deu)? – perguntou curiosa.
Eu: vou sair, nada de mais – dizia enquanto ajeitava o colete.
Cece: e vais com quem – continuava ela a perguntar cada vez mais curiosa.
Eu: deste numa de minha mãe agora ? – disse numa de brincar com ela.
Cece: oh revoltado sou tua irmã, posso saber não ? – interroga arqueando a sobrancelha.
Eu : não – brinquei mais uma vez com ela.
Cece: oh diz lá á tua maninha gémea diz. – disse com uma voz mimada e fazendo beicinho .
Eu: vou sair com a Rita – disse envergonhado.
Cece: hum! Até já vão sair e tudo! Muito me contas! – disse muito impressionada.
Eu: ei num faças muitos filmes nessa tua cabecinha pensadora. – disse já sem paciência para aquilo.
Cece: ninguém esta aqui a fazer filmes – disse espantada
Eu: tas sim. Nós só somos amigos mais nada. – disse envergonhado.
Cece: num mintas que eu já te conheço desde pequeno e sei quando estas caído por uma rapariga ou não e vesse bem que tu gostas dela. – diz pressionando-me.
Eu: sim gosto. Mas num sei se ela gosta de mim, e tu sabes que nunca me apaixonei por nenhuma rapariga assério como me estou a apaixonar por ela e ela é diferente das outras. E eu tenho medo de num ser correspondido. – disse triste.
Cece: mas ela também gosta de ti, acredita na tua maninha. Vocês ainda vão ser muito felizes os dois.
Eu: obrigada – disse cheio de esperanças.
Cece: bem já não te maço mais. Vai lá sair com a Rita – dizendo isto, ajeita-me o colete mais uma vez e sai.
Então peguei nas chaves de casa, num casaco preto com riscas cinzentas, no telemóvel e sai para ir chamar a Rita.
Continua…